segunda-feira, 26 de setembro de 2011

SERVIÇO PÚBLICO: UMA TRAGÉDIA BRASILEIRA

Seria redundante demais repetir aqui todas as mazelas político/administrativas que permeiam nos três poderes e nas três esferas governamentais, a não ser afirmar que, se já estamos indignados com o que tomamos conhecimento através da mídia, o quê não representa 10% dos fatos, imagine você se todas elas fossem divulgadas. Se isto acontecesse, talvez o povo brasileiro saísse desse estado de letargia política em que se encontra e partisse, com mais efetividade, para uma reação pacífica, mas determinada, na defesa dos seus direitos, visando impedir definitivamente que os maus políticos destruam o nosso patrimônio construído ao longo de cinco séculos, composto não só do nosso PIB, mas, principalmente dos nossos valores morais, éticos e sociais. Eles, os políticos, só lembram de nós, trabalhadores e produtores das riquezas brasileiras, quando querem votos ou quando querem mais dinheiro. O dinheiro que o governo arrecada hoje, se fosse aplicado de forma correta, não teríamos problema nenhum para oferecer, com qualidade, todos os serviços públicos de que o nosso povo precisa. Afirmo isto e provo, mesmo contrariando a nossa Presidenta que, bem intencionada, mas desinformada, chamou de demagogo quem dissesse que não falta dinheiro para a saúde. Estou afirmando isto e não sou demagogo. Com o freio de arrumação feito no Brasil, a partir de Itamar Franco, hoje ainda estamos melhores do que outros, mas poderíamos já ter saído daquela situação de País do Futuro para ser o País do Presente, se não fosse o nosso Sistema Político/Administrativo ultrapassado e vicioso, conduzido por agentes políticos e agentes públicos despreparados e corruptos que, com os seus desvios de conduta, contaminam ou alijam do processo as pessoas de bem e os capacitados, transformando o nosso país num imenso transatlântico á deriva no meio da tempestade que assola a Europa e que, por falta de planejamento da viagem, a sua tripulação não sabe o que fazer, ficando à espera de que o tempo melhore para continuar navegando sem um rumo definido. Enquanto isto, os manipuladores do poder já estão em ação para apresentar uma proposta de reforma política alegando que isto será a salvação do país. Mais uma vez um engodo, pois, eles já decidiram que a reforma política mais favorável à eles, é aquela que obriga o governo a financiar a campanha política com o nosso dinheiro, se bem que isto já vinha sendo feito através da corrupção.E como funcionará tudo isto? Começamos pelo que já existe: Hoje todos os partidos políticos já recebem anualmente uma cota, proporcional ao número de parlamentares e filiados, cujos valores são pagos com o nosso dinheiro, sem transparência, destinado a bancar todas as despesas dos partidos em todo o território brasileiro. Os subsídios, a moradia, a alimentação, a saúde, a educação, o transporte, as viagens, além de todos os roubos, são bancados com o nosso dinheiro. E agora, toda a gastança da campanha, durante noventa dias, também será paga com o nosso dinheiro, se passar a proposta indecente que está no forno. Pior, ainda roubam ou desviam o dinheiro da merenda escolar e de todos os serviços que deveriam ser oferecidos, com qualidade, pelo Poder Público. E os TREs ainda fazem apelo em época de eleições para escolhermos o melhor candidato para votar. Mas quem é o melhor? Se não existe exigência de escolaridade nem de conhecimento para ser político? Qual o critério que devemos adotar para que isto aconteça? Será que os TREs têm a resposta? Você não acha que tá na hora de promovermos uma CONCERTAÇÃO no nosso Brasil? OU O NOSSO ESTADO LETÁRGICO VAI CONTINUAR? Eduardo e Melo Machado – Presidente da Associação Nacional de Gestão Pública – ANGEP – Gestor Público – CRA/DF nº 6-00023.

terça-feira, 3 de maio de 2011

INVOCANDO RUI BARBOSA

“A injustiça, por mais ínfima que seja a criatura vitimada, revolta-me, transmuda-me, incendeia-me,, roubando-me a tranquilidade do coração e a estima pela vida.


Mas, se a sociedade não pode igualar os que a natureza criou desiguais, cada um, nos limites da sua energia moral, pode reagir sobre as desigualdades nativas, pela educação, atividade e perseverança.


O saber não está na ciência alheia, que se absorve, mas, principalmente, nas idéias próprias que se geram dos conhecimentos absorvidos, mediante a transmutação por que passam, no espírito que as assimila”.


Estas palavras da Águia de Haia, pronunciadas há tanto tempo, traduz fielmente a condição de degradação da sociedade brasileira, vítima de um processo político administrativo atual, que extorque o cidadão e a cidadã através da cobrança de impostos, sem devolver-lhes na mesma proporção, em forma de serviços de qualidade, como estabelece a Constituição.


O CAOS está estabelecido em todo o país em todos os seus setores, com conseqüências imprevisíveis. A violência está em toda parte. De todos os indicadores brasileiros, só os de arrecadação são positivos, enquanto os sociais, são extremamente degradantes. E a população, que não acredita mais nas instituições, não sabe para onde ir nem o que fazer.


Enquanto temos um Setor Privado altamente capacitado e competitivo, o Setor Público, responsável por esse CAOS, precisa ser profissionalizado. Enquanto isto, os gestores públicos de formação acadêmica, com conhecimento das causas e soluções dos problemas, adquiridos nas bases, continuam no ostracismo, por falta de consciência e sensibilidade de todos aqueles que têm poder de decisão.


Senhora Presidente, Senhores Governadores, Senhores Prefeitos e Prefeitas, se pretendem evitar o pior, reflitam sobre as palavras de Rui Barbosa e comecem desde já, a valorizar estes profissionais que poderão orientá-los como consultores, assessores ou mesmo contratados. Eles foram “preparados” para isso. Eduardo de Melo Machado – CRA-DF Nº6-00023 – Presidente da Associação Nacional de Gestão Pública – ANGEP.