quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

De onde viemos. Onde estamos. Para onde vamos?



Viemos de um governo militar autoritário seguido de uma abertura democrática conquistada nas ruas, recheada de ganhos sociais, mas, infelizmente, sem um comando competente na área econômica, quando toda aquela euforia da mudança foi sufocada pela instabilidade financeira, o quê nos levou a vivenciar um período de inflação galopante. Um verdadeiro desastre para qualquer nação que sonhava com o seu desenvolvimento.

Estamos vivenciando, ainda, um momento de euforia coletiva, graças ao crescimento econômico proporcionado pelo Plano Real que propicia empregos, bons salários, a manutenção de programas sociais como o bolsa família, e etc. Tudo isto porque, em que pese a falta de capacidade administrativa do Setor Público para fazer a sua parte criando infraestrutura e normas para o bom funcionamento do Setor Privado, este ainda se sustenta, graças a competência dos empresários e da classe trabalhadora que produzem o necessário para sustentar o país e ainda sustentar a falta da capacidade administrativa e a corrupção que permeia os poderes executivos e legislativos. É oportuno ressaltar que o Setor Produtivo do Brasil não cresceu à toa e sim, porque houve muito investimento no empreendedorismo, através de qualificação, ao contrário do Setor Público, gerido diretamente pelos políticos, para quem não há exigência de escolaridade nem experiência, transformando a Administração Pública Brasileira num verdadeiro caos, onde é evidente a desobediência às leis que constituem o arcabouço legal que norteia corretos procedimentos no uso das verbas públicas, nas suas três esferas governamentais. Consequentemente, estamos num país onde a sociedade desarmada é vítima fácil de latrocínios e abusos sexuais. Somando a tudo isso, somos a maior fábrica de ladrões, assassinos, assaltantes, corruptos, traficantes, viciados, crianças abandonadas e etc. E mais, estamos no topo com os maiores índices sociais negativos. Para onde estamos indo?

Vamos, diante deste quadro caótico, para um rumo previsível, que é o retorno do período inflacionário e de consequências imprevisíveis. Isto tudo porque a incompetência administrativa dos governos, somada a manipulação de indicadores, só confirma que o medo estava encoberto por uma falsa esperança. A falta de atitudes confiáveis do governo central e a falta de propostas de pretensos candidatos capazes de nos devolver a confiança, nos deixa inseguros com o nosso futuro, pois, sabemos que o retorno da inflação acaba com empregos e impede a manutenção dos programas sociais. O Brasil é um paciente à procura de um hospital para se internar, mas não existe vaga, ou melhor, não existe hospital competente para tratar a sua doença, pois, ele precisa ser CONCERTADO e este concerto, só o povo consciente pode fazer. Mesmo assim, o brasileiro continua sendo o povo mais feliz do planeta porque já aprendeu a conviver com as adversidades da vida. Não é à toa que “Deus é brasileiro”. Eduardo de Melo Machado é Gestor Público. CRA/DF 6-00023.